Vermes Íntimos

Esses vermes que me corroem a carne inteira

Me deixam ajoelhado ainda atônito

Minha voz brada como louca

Diante da infame profecia

E esses vermes que habitam minha alma

Como bichos que me comem a consciência

Deixam meu corpo

Em cruel convalescência

E eu que antes guardava em mim a vaidade

De ter como modelo a realidade

Hoje choro sobre o túmulo

Sobre o tumulo da imortal inconsciência

Carol S Antunes
Enviado por Carol S Antunes em 18/03/2011
Código do texto: T2855720
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