Vermes Íntimos
Esses vermes que me corroem a carne inteira
Me deixam ajoelhado ainda atônito
Minha voz brada como louca
Diante da infame profecia
E esses vermes que habitam minha alma
Como bichos que me comem a consciência
Deixam meu corpo
Em cruel convalescência
E eu que antes guardava em mim a vaidade
De ter como modelo a realidade
Hoje choro sobre o túmulo
Sobre o tumulo da imortal inconsciência