Lápide

Dormes sobre o ceio da verdade

Suspiras o amor preso no peito

Guardas as palavras e as cala

Expressa o ser em pensamento

Choras sobre o texto amarrotado

Bradas o porque entre múrmuros

Beijas as folhas amareladas

Das lembranças que guardastes em baú

Cantas o hino sagrado

Disputas a voz com os passarinhos

Vegetas em um leito gelado

Invejas o aconchego dos ninhos

Revelas que nada sabes

Mente para o seu eu

Negue me a sinceridade

Afoga me no escuro breu

Deixe-me tocar a face

Adormecida e inconsciente

Deixe-me beijar a lápide

E assim morrerei contente

Carol S Antunes
Enviado por Carol S Antunes em 17/03/2011
Código do texto: T2853751
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