Lápide
Dormes sobre o ceio da verdade
Suspiras o amor preso no peito
Guardas as palavras e as cala
Expressa o ser em pensamento
Choras sobre o texto amarrotado
Bradas o porque entre múrmuros
Beijas as folhas amareladas
Das lembranças que guardastes em baú
Cantas o hino sagrado
Disputas a voz com os passarinhos
Vegetas em um leito gelado
Invejas o aconchego dos ninhos
Revelas que nada sabes
Mente para o seu eu
Negue me a sinceridade
Afoga me no escuro breu
Deixe-me tocar a face
Adormecida e inconsciente
Deixe-me beijar a lápide
E assim morrerei contente