Flor de espinhos

Seria esta infeliz realidade

Castigo que os céus vêm despejar,

Entre as lágrimas de saudade

Que por ti hei de transbordar?

De mágoas, basta este sentir!

Pelos mais tortuosos caminhos,

Descrente, porém, hei de seguir...

Não peço que voltes, apenas tenha dó de teus espinhos...

...Pois estes são a impura chaga

Que me machuca a alma,

Marcas que sangram desilusão

Num jardim rubro e quase deserto

Que sempre habitarás! Ó, indesejada musa!

És paraíso perdido que esconde o inferno!

Rafael Saraiva
Enviado por Rafael Saraiva em 14/03/2011
Código do texto: T2848495
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