Flor de espinhos
Seria esta infeliz realidade
Castigo que os céus vêm despejar,
Entre as lágrimas de saudade
Que por ti hei de transbordar?
De mágoas, basta este sentir!
Pelos mais tortuosos caminhos,
Descrente, porém, hei de seguir...
Não peço que voltes, apenas tenha dó de teus espinhos...
...Pois estes são a impura chaga
Que me machuca a alma,
Marcas que sangram desilusão
Num jardim rubro e quase deserto
Que sempre habitarás! Ó, indesejada musa!
És paraíso perdido que esconde o inferno!