Conselhos errantes
Não desminta os loucos, eles desconhecem a inverdade.
De menos atenção aos apaixonados,
Escute pouco as suas palavras enebriadas do medo, das incertezas, do seu iludido transtorno.
Chore o que se há de chorar, mas não paralize. O choro copioso é um embrião do ser alienado.
E não tente adivinhar o futuro, e ainda pior, jamais tente prescrevê-lo!
Respire Fuuundo... e quando parecer que o mundo todo entrou dentro de ti, deixo-o ir. Liberte-o. Esvazie-se. Sempre há novos ares torcendo pelas suas entranhas.
Cultive a memória, ela faz a vida parecer um todo. Contudo, abandone ideias falsas... não tenha medo de se desprender.
Sufoque-se nos lençóis... até o último segundo. Depois, olhe para as paredes, para a janela, por fim, veja o céu. E deixe seu ser ir tão longe quanto aquelas estrelas.
E quando uma rosa for o dilema, for o triste ícone da separação, lembre-se de Filho quando disse até as flores têm sua sorte, umas enfeitam a vida, outras enfeitam a morte. Umas prometem amor, outras portam adeus. Algumas prenunciam o bem querer, outras... agridem com seu cruéis espinhos o nosso frágil ser.