DESILUSÃO

Veredas, enredo de sonhos
Porções vazias sem fim,
No norte me encontro e vagueio,
Nos sonhos de medos e estopim.

Virtudes, lampejos da alma,
Volúpias, momentos inertes;
Lamúrias a suspirar no horizonte,
Lágrimas da alma que vertem.

Tiranos sonhos de almas melindres,
Levou-me o afago e à dor;
Desejos e alardes do corpo,
Migalhas sofridas de amor.

Despiu-me de orgulho ferido,
Tocou-me no íntimo ardente;
Feriu-me o âmago nobre,
Pisou-me a alma latente.

Pedaços e trapos me encontro,
Remendas de sorte valentes;
Vertem o choro da alma,
Debruçam-se em dias clementes.

Desnorteio e permeio nas dores,
Alimento os anseios sem flores;
Resmungo palavras aflitas;
Canto a solidão de amores.

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Sary
Enviado por Sary em 07/03/2011
Reeditado em 01/04/2011
Código do texto: T2834060
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