Contradição

Outra noite de sonhos sem sono

Músicas, lembranças, nostalgia

Mente ocupada por uma mente vazia

Num corpo selado com alma sem dono

Um barulho, puro, um grito no escuro

Da silenciosa ausência inibida

Que um dia fora consumada e banida

Indicando, hoje, um futuro inseguro

Nos olhos há lagrimas que secar-se-ão

Na cabeça apenas o medo induzido

Na boca o gosto de sangue perdido

E sem mais pulsar, há também coração

Mais um indivíduo entregue ao mal

Exausto por viver em terreno inimigo

Exílio no inferno é o seu castigo

Por usar-se de cérebro no mundo real

Pedro Alencar
Enviado por Pedro Alencar em 06/03/2011
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