Duas Vidas Solitárias

Furtiva madrugada, cenário fugaz do amor.
Corpos   errantes  bailam no escuro da vida,
Fluir dos desejos vazios, fútil fome carnal.
Passagem fugaz vidas frias, desperdiçadas.


Corpos desnudos  sorvem  o amargo rotineiro.
Misturam-se no silenciar do  flagelo imposto,
Amor protocolar refratário prazer superficial.
Caminhos  divergentes  imposições  dolorosas.


Outrora  mostrara -se intenso,  cálido  imortal.
Candeeiro estilhaçado vê a explosão das trevas.
Almas a trilham os paraledos do amor aparente.


Identidades desconectadas dos retratos originais.
Diálogoscongelados, farrapos de olhares perdidos.
Bocas emudecidas, abracos  vazios, trágico viver.
                                                        (Ana Stoppa)
Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 05/03/2011
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