BRILHO DO SOL NO ASFALTO. SOL E GIRASSÓIS
Há dias em que me recolho
Num abismo quase interminável
E insuportável...
De desesperança, destemperança.
Ficamos meu cansaço e eu,
Num abraço de tortura e dor.
Mesmo discernindo que tanto brilho
É desequilíbrio,
E que o retorno é a dor, a insensatez,
Sente falta da minha embriaguez
Sem lucidez
Nesses meus dias nublados
Chuvosos e escuros
Desenho no negro asfalto,
Um sol bem colorido,
Na esperança, nesse instante,
De um arco-íris brilhante, fascinante e ...
Na tela,uma bela pintura de campo de girassóis.
Nesses brilhos, tento me equilibrar
Através das cores...
DO SOL E GIRASSÓIS
Para min’alma se afastar
De todas as dores.
Absorvo as presenças iluminadas
Evapora-se a depressão!
Embriagada. saio pelas calçadas
Da cidade!
Meu coração, quase explode
De tanta felicidade...
Até me esquecer novamente
E recolher-me atrás da reclusão,
Na exaustão que a solidão me traz.
Dalva Saudo.