E eu que pensei...
Concretizados no olhar, no beijo, na palavra...
O desejo de ser real, de ser para você.
Um momento, um espaço, uma gama de satisfações...
Mais um tempo, mais um lugar e mil outras significações.
Veio a noite, manhã, a tarde, a noite, a manhã...
Foi você, ficou um sonho.
Depois veio outra tarde, e uma noite...
Você se foi! Ficaram os fatos.
Claros, evidentes, lógicos.
E eu que pensei que fora embembida
do amor, do romance.
Mas foi a forma, dura e seca,
somente a forma.
Um momento, um estado,
um apenas, não como os outros, mas um.
E eu que pensei que concebera um novo sentido,
mas reforçara, de forma doce e sublime
que apenas sou o que te aproxima de si mesmo
e te distancia de mim.
Sou o que te lança no inesperado,
mas sou sua segurança,
não sou causa de dor, medo, dúvida,
sou a certeza de que és livre.
Não fui o que merecia ser.
Merecer?
E eu que pensei...
Não! Não pensei.
Antes sentia,
agora, penso!