Linguagem.

Não sei como, mas, do nada, começa a sintetizar a minha mente.

As palavras vêm adoçar meu paladar.

Às vezes até entre os sonhos vem uma linguagem.

Isso me acalma, pois liberto meus sentimentos através de um papel e faço virar em prosas, poesias...

Não sei, mas acho que foi um dom que Deus me deu para suprir as necessidades nas quais eu passo,

Porque, às vezes, sinto-me cansado, perco o fôlego e nem mesmo corri.

Quando escrevo, traduzo o que minha alma quer dizer, numa linguagem diferente onde o leitor vê que foi escrito com lágrimas.

As lágrimas se misturam com a tinta da caneta, o papel fica amassado de eu tanto pegar.

Às vezes amasso e faço bolinhas. Tem tão me estressado essa rotina...

Ah, estou de saco cheio dessa vida pífia. Não tem sentido ficar numa roda gigante onde a tendência é vomitar.

Nessa inércia na qual o movimento que circula entre minha corrente sangüínea é apenas um repouso.

Quero repousar um pouco. Deixar minhas meias, calça e blusa no meio da casa.

Não quero mais lavar a louça, descer com a cachorra.

Quero desligar-me do mundo surreal, deixar que minhas farpas falem por mim.

Renato F Marques
Enviado por Renato F Marques em 28/02/2011
Código do texto: T2819753
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