Linguagem.
Não sei como, mas, do nada, começa a sintetizar a minha mente.
As palavras vêm adoçar meu paladar.
Às vezes até entre os sonhos vem uma linguagem.
Isso me acalma, pois liberto meus sentimentos através de um papel e faço virar em prosas, poesias...
Não sei, mas acho que foi um dom que Deus me deu para suprir as necessidades nas quais eu passo,
Porque, às vezes, sinto-me cansado, perco o fôlego e nem mesmo corri.
Quando escrevo, traduzo o que minha alma quer dizer, numa linguagem diferente onde o leitor vê que foi escrito com lágrimas.
As lágrimas se misturam com a tinta da caneta, o papel fica amassado de eu tanto pegar.
Às vezes amasso e faço bolinhas. Tem tão me estressado essa rotina...
Ah, estou de saco cheio dessa vida pífia. Não tem sentido ficar numa roda gigante onde a tendência é vomitar.
Nessa inércia na qual o movimento que circula entre minha corrente sangüínea é apenas um repouso.
Quero repousar um pouco. Deixar minhas meias, calça e blusa no meio da casa.
Não quero mais lavar a louça, descer com a cachorra.
Quero desligar-me do mundo surreal, deixar que minhas farpas falem por mim.