OLHOS SENTIDOS
Os olhos que sentiam
Apenas viram
Imagens disfarçadas
De arco-íris
Deitados na crueldade
Um canivete de aço
Nas costas
Daquela amante doida de amor
Atingir até o fim
Triste, que chorava
D-E-S-0-L-A-D-A
A-B-A-N-D-O-N-A-D-A
Pobre coitada!
Flashes de desamor
Em fatos explícitos
Desfilaram
Em sua memória
Vermelho carmim
Infinda falsidade
Viver uma mentira
Disfarçado de arlequim
Foi ilusão
Querer viver - com ele - um amor perfeito
Em troca o golpe final
A decepção
Ser triste, cruel
Como se risse
Olhos cegos para um verdadeiro amor
Ela vivia em poesia
Assim
O mundo todo era seu, quiçá
Dele só queria distância
Por caridade
Virou-se e ainda
Concedeu-lhe
Um adeus...
Luamor
OBSERVAÇÃO: O "Eu lírico" nas minhas poesias não se chama Luamor...