O Homem Singular.
A cidade enlouquecida acorda mais uma vez,
Homens robotizados pelo sistema capital,
Assume suas funções, cotidianas.
Levantam ,bocejam , espreguiçam, mira-se no espelho.
Espelho de suas próprias almas.
A visão nunca é a mesma...
Às vezes uma bela imagem de natureza morta,
Um olhar frio e um leve sorriso esboçado,
Um só pensamento tenho que sair,
Estou atrasado.
Penso calculosamente quem irei destruir essa manhã,
A uni multiplicidade do ser me fez assim.
Homem lobo do homem...
Visto minha roupa com o cuidado de uma armadura medieval,
Não beijo a mulher que dorme seminua em meu leito,
Seria um sinal de fraqueza e isso é mau para os negócios,
Entro no carro dirijo ansioso para encontrar o velho engarrafamento.
Observo as pessoas a minha volta, elas me observam,
Há uma intensa troca de olhares e pensamentos.
O meu é o mais sagaz de todos.
Tenho que trabalhar ganhar e alimentar minha ganância,
Afinal sou o homem singular que vive na selva de pedra,
Cercado por uma multidão de homens vorazes assim como eu.
Com os vidros fechados ignoro a todos, os vendedores de balas,
Ignoro os pedintes, ignoro a Deus.
De repente me vejo solitário parece que todos sumiram,
Enfim só.
A síndrome do pânico bate em minha janela e sem que eu perceba,
Senta no banco do carona.
Clamo a Deus por uma nova chance,
O sinal abre todos saem apressados, eu não consigo sair do lugar,
Um barulho infernal é minha ultima lembrança,
E vejo Deus de braços abertos esperando esse pobre homem.