O Homem Singular.

A cidade enlouquecida acorda mais uma vez,

Homens robotizados pelo sistema capital,

Assume suas funções, cotidianas.

Levantam ,bocejam , espreguiçam, mira-se no espelho.

Espelho de suas próprias almas.

A visão nunca é a mesma...

Às vezes uma bela imagem de natureza morta,

Um olhar frio e um leve sorriso esboçado,

Um só pensamento tenho que sair,

Estou atrasado.

Penso calculosamente quem irei destruir essa manhã,

A uni multiplicidade do ser me fez assim.

Homem lobo do homem...

Visto minha roupa com o cuidado de uma armadura medieval,

Não beijo a mulher que dorme seminua em meu leito,

Seria um sinal de fraqueza e isso é mau para os negócios,

Entro no carro dirijo ansioso para encontrar o velho engarrafamento.

Observo as pessoas a minha volta, elas me observam,

Há uma intensa troca de olhares e pensamentos.

O meu é o mais sagaz de todos.

Tenho que trabalhar ganhar e alimentar minha ganância,

Afinal sou o homem singular que vive na selva de pedra,

Cercado por uma multidão de homens vorazes assim como eu.

Com os vidros fechados ignoro a todos, os vendedores de balas,

Ignoro os pedintes, ignoro a Deus.

De repente me vejo solitário parece que todos sumiram,

Enfim só.

A síndrome do pânico bate em minha janela e sem que eu perceba,

Senta no banco do carona.

Clamo a Deus por uma nova chance,

O sinal abre todos saem apressados, eu não consigo sair do lugar,

Um barulho infernal é minha ultima lembrança,

E vejo Deus de braços abertos esperando esse pobre homem.

Jmarcello
Enviado por Jmarcello em 21/02/2011
Reeditado em 24/07/2012
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