DESMAMAS TEU ÚBERE...
Inspiras versos
neste mundo cruel,
são poemas adversos,
temperados com fel...
Enxertando na parideira,
excrementos do teu interior,
transformas a rameira,
em esgôto ignóbil, inferior...
A tua cria imunda,
mata a fome,
também mata o homem,
na ávidez da ganância,
destróis a tu mesmo,
com tanta festança,
vivendo a esmo...
E a maldade abunda,
espalha em seu caminho,
devastação e tristeza,
qual imenso redemoinho,
destruindo a natureza...
Teu império sem limites,
avança por toda terra,
nada impede que a habites,
porém, o reinado se encerra,
quando o cortejo de lama,
segue a marcha fúnebre,
ficando para traz a fama,
desmamas teu úbere...
Num suspiro fenomenal,
adentra à terra funda,
deixas o abuso governamental,
à outra escória... Imunda...
18 - Miguel Jacó
Há um faminto ladrão,
Não há tetas que agüente,
Mesmo sendo tão latente,
Como o ubre de uma vaca,
A gatunagem se destaca,
E vai tomando mais corpo,
Deixando aos outros mortos,
Por falta de alimentos,
Daí vem o provimento,
Da justiça desejada,
E as providencias tomadas,
Nunca são satisfatórias,
Desde os primórdios da historia,
Estes chupadores de tetas,
Tiveram suas gavetas,
Quase sempre abarrotadas,
Por uma grana roubada,
Dos famintos da nação,
Desonestos e canastrões,
Produzem toda a miséria,
A injustiça prolifera,
Dando vazão a demência,
Alimentando a bivalência,
De roubo e prostituição,
Não merece um galardão,
Quem presta um serviço destes,
Bom seria que morresse,
Estraçalhados pelos cães.
Bom dia Nana Okida, você tem produzido excelentes textos dentro do espectro da miséria humana seja em pobreza material ou espiritual, este é um seguimento pelo qual tenho fascínio em escrever também, de modos que fiz esta desastrosa interação, mas já conheces bem nossas regras. Parabéns pela sua magnífica desenvoltura poética. MJ.
Obrigada mestre por completares com maestria meus singelos versos. Bjs!