CORAÇÃO NATIMORTO

E eu que sonhava com o grande amor,
deparo me com um coração natimorto.
E eu que imaginava um amor imenso,
que inundasse o exílio de minha vida.
Encontro-o nas encostas, amorfo.

Relógio quebrado, agenda de lado,
aliança e carteira de dólares jogadas
Inerte, sangue azul esparramado.
Corpo alquebrado, mente atrofiada.

Do seu lado, poesias seladas
jamais por livros a ti reveladas.
Respiro no fim do ato, resignada:
Não seremos plural no jornal.
Tu és o culpado.




 
Railda
Enviado por Railda em 16/02/2011
Reeditado em 14/10/2013
Código do texto: T2795127
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.