PÉRFIDO
Esfaqueaste meu coração como se espeta um porco
A destroçá-lo para charquear a carne.
Palavras afiadas também talham... Sentimentos.
Doeu profundamente.
Cortei a linha da sutura com os dentes,
Costura que eu mesma fiz,
Mas antes, lavei o local da ferida com sabão e escova de aço.
Retirei todo o resíduo de sangue vertido
que já não conservava o vermelho vivo da seiva extraída e desperdiçada.
Sem enfaixar, cicatrizou.
Longe de mim!
Tu, do meu peito, jamais verás a estigma!
ELENIZE 07/02/2010