PÉRFIDO

Esfaqueaste meu coração como se espeta um porco

A destroçá-lo para charquear a carne.

Palavras afiadas também talham... Sentimentos.

Doeu profundamente.

Cortei a linha da sutura com os dentes,

Costura que eu mesma fiz,

Mas antes, lavei o local da ferida com sabão e escova de aço.

Retirei todo o resíduo de sangue vertido

que já não conservava o vermelho vivo da seiva extraída e desperdiçada.

Sem enfaixar, cicatrizou.

Longe de mim!

Tu, do meu peito, jamais verás a estigma!

ELENIZE 07/02/2010

Izenetti
Enviado por Izenetti em 07/02/2011
Reeditado em 11/06/2017
Código do texto: T2778433
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