O ENGANO

Pensei numa relação diferente

que rompesse a mesmice do normal.

Dois corpos, duas vidas, apenas um casal.

Pensei que poderia construir algo novo

onde viver de dois existisse liberdade.

Todos espaços preenchidos de verdade.

Sonhei com dias felizes e noite maravilhosas

minha vida dentro da tua e vice-versa.

Cada conflito resolvido com conversa.

Tentei entender o individualismo como privacidade

só que isso não existe, é pura contradição.

Como haver isolamento em plena comunhão?

Foi acontecendo devagar, bem devagar

a comunhão virou pressão e sufoco.

E o grande amor ficou tão pouco.

Os dias não são mais comuns

teus segredos já não sei.

Em fim, não tenho a relação que sonhei.

Neto Madeiro.

Joaquim de Sousa Madeiro
Enviado por Joaquim de Sousa Madeiro em 06/02/2011
Código do texto: T2776395
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