HOMEM OCO

Ainda nutrindo-te da essência alheia,

Como um demônio insaciável?

Tenebroso suspiro de medo...

Estatelado pela voraz decadência de tua humanidade,

Vejo o teu conjunto infinito de torpeza,

Intenso egoísmo vil.

Não há charada moral,

Só o retrato de tua insensibilidade.

Homem oco essa é a tua áurea podre

De índole inexistente,

Que exala mentiras,

Que escarnece com o olhar de um louco,

Que toca com a malícia de um abutre,

Ávido para caçar, desrespeitar, magoar...

A dignidade não habita espaços vãos,

Mas o mau caratísmo, sim.

Em que parte de tua infância te perdeste?

Permanece escravo de tua pequenez,

Da tua insignificante existência,

Fiasco de vida perante o tempo,

A história e o universo?

GABLO
Enviado por GABLO em 06/02/2011
Reeditado em 12/04/2011
Código do texto: T2775849
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.