Da Tempestade Que Assola A Alma
Quando o murmúrio do vento brada,
a liga que liga a terra rompe.
Nesse momento some por entre escombros
o ventre da lua crescente que míngua.
Abrem-se fendas no chão de estrelas...
No céu, raios, tempestades e trovões.
Chuva torrencial brota da face
que ladra buscando entender o mundo em vão.
Apodrecem risos há tempos trancafiados.
Apodrecem palavras reféns do ignoto.
E roto, cambaleante, o grito rompante
feito rato rói os instantes como um louco.