Da Tempestade Que Assola A Alma

Quando o murmúrio do vento brada,

a liga que liga a terra rompe.

Nesse momento some por entre escombros

o ventre da lua crescente que míngua.

Abrem-se fendas no chão de estrelas...

No céu, raios, tempestades e trovões.

Chuva torrencial brota da face

que ladra buscando entender o mundo em vão.

Apodrecem risos há tempos trancafiados.

Apodrecem palavras reféns do ignoto.

E roto, cambaleante, o grito rompante

feito rato rói os instantes como um louco.

Aglaure Martins
Enviado por Aglaure Martins em 05/02/2011
Código do texto: T2773006
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