Noite

Cigarras cantam ao longe

Uma melodia triste e desamparada

[na noite...

Só eu escuto o seu desespero

E o dia demora a amanhecer.

Finjo dormir para não ser acordada

E minha mente chora ao travesseiro

Os olhos tremem no clarão da noite

E a luz se apaga.

Concentro-me naquele canto

Cada vez mais longe...

E o silêncio vem envolvendo

[aos poucos...

De repente, só o ralhar das árvores.

Choram ao vento frio da noite

Escura, triste, sozinha.

E um galho bate na minha janela.

Assusto-me ao pensar em outrora.

Quando pedras batiam em sinal

[de chegada.

Era ele! Pensava com amor.

Hoje apenas o que bate na minha janela

É um galho procurando atenção na

[noite fria.

Quimera
Enviado por Quimera em 01/02/2011
Código do texto: T2765727
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