DESESPERANÇADO DESAMOR
VENHO GUARDANDO DE MIM
MINHAS HISTÓRIAS,
MINHAS ESTÓRIAS,
MEU FOLCLORE,
MINHAS LENDAS...
TALVEZ PARA ME DEFENDER
DE PENSAR O HOJE
E ENFRENTAR MEU DIA PRESENTE.
MESMO
EM UM DIA,
COMO HOJE,
DESNUDO DE ESPERANÇAS...
ONDE ME DEPARO, FRONTALMENTE,
COM A SÓRDIDA MESQUINHEZ DO SER.
DE SE OLHAR NO ESPELHO
E ENCARAR O SEU PRÓPRIO UMBIGO.
E , EM SUA COVARDIA,
DESPREZAR O AMOR DE UM IRMÃO.
TALVEZ PERDIDO,
AGORA,
PELA REPETIÇÃO DO SEU GESTO NEGLIGENTE.
AGORA
OUSO EXPOR MINHAS FERIDAS,
SEM PUDOR.
E REVELAR QUE,
TALVEZ,
PELA VITIMIZAÇÃO INCESSANTE EM QUE ME ENCONTRO,
NÃO ABRA MAIS MEU CORAÇÃO.
FECHE-O
E NÃO REVELE MAIS SUA CHAVE,
DESRELEVANDO O AMOR...
NOMINO-ME, ENTÃO, NESSE MOMENTO, DESESPERANÇADO DESAMOR!