Adeus pra mim.
Sair por ai, em uma viagem sem saber sequer a direção, olhar pro caminha certo, sentir um arrepio na pele, e caminhar pelo errado, ver uma estrada de sol, e escolher a de sombra, rejeitar a mão estendida, criticar a palavra certa, e seguir o vazio, gritando aos quatro cantos, adeus, adeus pro mundo, pra vida, adeus pra mim, completamente perdida, isolando de mim mesma.
E assim, segui… aqui é frio, é triste, solitário, muita dor; mais lá, onde antes estive; lá é real, dói muito mais, mais também, tem um lado bom, e eu já tenho medo de conhecer esse lado bom, tenho medo de estar lá, por isso eu escolhi esta “aqui”, aqui que eu nem sei onde fica, sei apenas que também é doloroso, solitário, vazio, assim como tudo em mim… agora eu também sinto necessidade de dizer adeus pra esse “aqui”.
Daiane Garcia *eumesma
16 de Janeiro de 2011