Prisioneira
As paredes que me acolhem me sufocam
Sou prisioneira dos meus pensamentos
Vejo a vida correr diante dos meus olhos
E meu corpo estático espera uma chance
Para libertar-se das amarras da própria vida
Pois se o azul do céu eu não posso ver
Se o verde das árvores estão tão longe
Se minhas pernas não podem correr
É porque vejo o mundo em cores sem vida
Maldita existência que me tem como escrava
E até minhas idéias quer me roubar
Me leva à beira da insanidade mental
Com tantas proibições e provações
Com essa hipocrisia que me enjoa
As pessoas que me pisam e escarnecem
Estou partindo para um enorme devaneio
Para me sentir livre de mim mesma
E me tornar, enfim, alguém.