A GARRAFA

Andar trôpego, irregular como se fosse tombar

Perdido naquele beco escuro, sujo, sem rumo

Como sua vida, destruída, fedida, perdida...

Quem o visse agora não acreditaria o que

Tinha sido outrora, a quem importava!

Não era nada, apenas uma sombra...

Tal qual a escuridão do beco em que vivia

Se for que podia dizer viver – entorpecido –

Pelo álcool e pela dor!

Ah! Dor...

Que nem as malditas garrafas consumidas

Dia a dia, diminuía a agonia, o vazio

Que sentia, porque não morria!

Ah! Morrer

Finalmente chegaria o dia em que tragaria

O ultimo gole da cachaça barata e, que!

Ironia... Libertaria-lhe...

Sorriu, sabia que não demoraria, segurou

Firme a garrafa... E pensou!

Você será a minha última companhia.

verdades e mentiras
Enviado por verdades e mentiras em 25/01/2011
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