Poema Caseiro
Meu bem,
Acordei cedo, fervi paciência pro café amargo da discórdia,
Que tomas-te com pressa.
Espirrei tristeza nos teus trajes, e passeia à ferro,
A mágoa fez-se nódoa, empreguinou.
Lavei por horas a fio minhas intermináveis esperas,
Com lagrimas que enxuguei inutilmente.
Esfreguei aroma de lembranças por toda parte
(tinha teu perfume)
No fim da tarde,
Cozinhei compreensão em fogo baixo,
Fritei esperanças pro jantar.
Chegas-te tarde com ar de quem nada quer.
Bebes-te indiferença em grandes doses.
Trouxeste desculpas nos bolsos,
Escolhes-te uma qualquer, sem ao menos selecionar.
Tatuei coragem no peito.
Esquentei revolta pro café penoso do adeus.
Agora passo meus dias a colecionar sonhos e poemas.
Meu bem,
Acordei cedo, fervi paciência pro café amargo da discórdia,
Que tomas-te com pressa.
Espirrei tristeza nos teus trajes, e passeia à ferro,
A mágoa fez-se nódoa, empreguinou.
Lavei por horas a fio minhas intermináveis esperas,
Com lagrimas que enxuguei inutilmente.
Esfreguei aroma de lembranças por toda parte
(tinha teu perfume)
No fim da tarde,
Cozinhei compreensão em fogo baixo,
Fritei esperanças pro jantar.
Chegas-te tarde com ar de quem nada quer.
Bebes-te indiferença em grandes doses.
Trouxeste desculpas nos bolsos,
Escolhes-te uma qualquer, sem ao menos selecionar.
Tatuei coragem no peito.
Esquentei revolta pro café penoso do adeus.
Agora passo meus dias a colecionar sonhos e poemas.