Indiferença 2
No uivo do desabafo abre-se o desfiladeiro
e o jardim seca no lugar da poesia
As amarras que se balançam num baloiço empurrado pelas nossas mãos, solta-se ao vento
Desprendem-se as imagens de sedas e os corpos sombras da noite acordam!
Desliga-se a música e apagam-se letras de amor tatuadas na pele
Acende-se a indiferença no meu olhar enquanto a boca chama o uivo
E no meu desfiladeiro nasço e fico farol.
Ana Mª Costa