Salvação

Vejo-a tão triste hoje, pequena;

Enfim descobriste que jamais procurei salvação em ti.

Nunca quis teu amor sublime.

Desejei teu corpo, e só.

Como outros também o desejaram.

Tantas conversas ao pé da noite travamos,

Madrugadas inteiras povoadas de Deus e anjos.

Acho que tu és angelical, enfim.

Mas não salvarás esta alma minha,

Que ama a vida terrena, e não crê.

Mas se lhe serve esta promessa, jamais me esquecerei de ti.

E, mesmo esquecendo, a sentirei para sempre.

Pois a pele, infame, não esquece.

Parto agora, que o mundo me espera.

Não encontrarei ninguém melhor que ti.

Salve-se e a alguém que creia menina. Adeus.

André Canevalle Rezende
Enviado por André Canevalle Rezende em 19/01/2011
Código do texto: T2739809
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