Ausência incômoda

 

Engano meu...

 

Não saber “pisar” sem Nela pensar
Dependencia?... Sim

 

Tão forte sua presença mesmo na ausência
Levando-me a acreditar ser o fim

Que fazer  
Se minha mente está “cega”
Mas não para este "Ser"

Não quero me movimentar... 
Encontro-me prostrado
Tenho que satisfazer minha vontade
Tocá-la e vê-la sorrindo a meu lado 

Estou me desencontrando
Perdendo-me nesta escuridão
Levado por este apego exagerado
Que me “empura” às portas da obsessão

 Que obstáculo!

 

Vejo altura intransponível 
Postada diante deste meu corpo
Que se encontra fragilizado
Incapacitado de dar o “passo”elevado

 

Escureço a visão
Para em imaginação... 
Ver minha figura decadente

 

O Eu que vejo Eu
Se surpreende com o estado deplorável
Daquela silhueta mórbida e arqueada
Que espelha um Ser sem atrativos
Para reconquistar aquela por mim tão desejada

 

Buscarei forças
Para não mais ver minha estrutura
Ser esmagada por esta tortura

 

Tornarei "Homem" outro...
 Trazendo o anterior que era liberto desta dor
Meus olhos voltarão a brilhar como no passado
Ações que farão de mim

 

Aquele que por "Ela" foi amado.

 

                                                        Abraão Leite Sampaio

EDITADO NO LIVRO "EXPLOSÃO DE VIDA EM VERSOS E RIMAS".
LANÇADO NA "BIENAL INTERNACIONAL do LIVRO de SÃO PAULO 2014"
 
 

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Poema editado por concurso literário.


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