Acostumei-me com sua ausência

Em meio aos caminhos da vida

Encontro-me em alma despida

Por ti que não mais me habitas

Se não só em meu coração.

A vida. Meus insensatos atos.

Sua vida. Seus intocáveis lábios.

Nossas vidas... Sem mais ligação.

Ver-te não mais me engrandece

Por vezes me queima, estremece.

Por outras nem causa aflição.

Hoje não mais choro nem berro

Não mais oro nem quero.

Somente desejo incompleto.

Como em uma canção

Não toco, não falo, não peço.

Fracamente te guardo e confesso

Que sei que não há solução.

E em vidas aparentemente vazias

Bem profundo o amor que asfixia

Escondido em orgulho e ironia

Mantém-se como em um vulcão.

[Tendo picos de calor e explosão

E outros de calmaria.]

Acostumei-me com sua ausência.

Acostumei-me com sua expressão

Não te tenho em minha vida

Mas tenho em meu coração

Acostumei-me com sua ausência

Mesmo sabendo que um dia

Terei a ti não mais em poesia

E não só em meu coração,

Mas pra sempre em minha vida!

Gabriela Armstrong

24/10/06

Gabi Armstrong
Enviado por Gabi Armstrong em 25/10/2006
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