Cacos de Amor



Tentei juntar os cacos,
De um grande amor quebrado...
Colando caquinho com caquinho,
Quem sabe,
Eu poderia ter um amor renovado...
Mas descobri, lamentavelmente,
Que da cola de confiança,
Nem fragmentos havia restado...
A cada caquinho que eu pegava,
Era uma ferida a mais que sangrava...
Peguei esse amor despedaçado
Na palma de minha mão,
Derramei sobre ele,
As últimas lágrimas de decepção...
Com um adeus determinado,
Sem dó nem piedade,
Lancei ao vento aquele amor,
Que só me foi ingratidão...

***

Walter, meu amigo...
Obrigada por sempre esse imenso carinho
que adoça minha alma e meu coração!


Esta Flor é ainda um botão...
Nem se abriu ao Sol...
De um Grande Amor verdadeiro...
É uma criança, deixou cair...
E, tenta colar, juntar partes...
Fazer um amor inteiro cheio de rachaduras...
Parece um barquinho que ela um dia colou...
E fêz navegar novamente...
E ele célere, partiu a desbravar...
Mares e oceanos uma nave escola!...
Se fez até aos céus ganhou vida...
Um néctar? Da Flor!...
Voou e nunca mais parou ...
Ronda torres de castelos encantados...
Senta ao lado de uma coruja na noite densa...
E viaja dentro daqueles grandes olhos...
Que olham um mundo todo diferente...
Esta Flor não junte cacos...
Liberte suas pétalas e sinta o quê...
Está escrito em cada uma delas...
Nos relate...
Abra a janela da torre em teu castelo...
E permita às estrelas...
Fazerem a tua FESTA...
 
Com carinho de um céu azul de lindo dia...
 
Walter de Arruda








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