Desço a ladeira...
Desço a ladeira
pensando num abraço
que vais me dar
ao me ver chegar
na garagem da minha casa.
Tomo fôlego.
Respiro fundo.
A garagem se aproxima.
Sinto teu abraço e teu odor
por um mísero segundo.
Estou na frente da garagem.
Você não está aqui.
Não choro, nem fico deprimido.
É claro, é óbvio.
Pra mim esse tipo de pensamento
não é novo.
É... eu já sabia que ia ser assim.
Fazer o que? Deixa passar.
Vou viver minha vidinha
sem você na garagem,
sem seu abraço,
sem nada seu.