Pó do nada
De corpo aberto e inserto
Vulnerável ao desprezo
Frágil e desprotegido
O destino se faz sem desejo
Estado de putrefação
Desvenda a verdadeira beleza
De seres feitos de pó
Que veneram a riqueza
Esquecidos ao vento de cinzas
Que sublimes somem no espaço
Registra o nada que somos
E a fragilidade de um vaso
Finitude que se esconde
Mas ressurge em segundos
É o mínimo tempo que separa
O suspiro final do moribundo
No instante em que não existe mais nada
No instante em que o nada não existe
Neste instante nada se descarta
Neste instante não sei se vou triste.
Igor Cruz