Tredo
TREDO
Venho pleitear este ato
E fazer-te
Entreter-se narrando esta fábula
Quão desleal; pérfido
São as armadilhas da vida
Tal qual um vão dissimulado debaixo duma escada, dum móvel, etc.
Chego a entrar em estado melancólico
Como nos engana o coração
O que nossos Olhos não podem vislumbrar
Desencanto ainda maior
Quando queremos
O que
Ou quem
Conhecemos imperfeitamente
E descobrimos o quão
Invisível nos é
Acorde imperfeito
Só tem só duas notas
Uma nos torna triste
A outra nos aniquila
E a Estiolar-se,
Murchar por uma
Utopia;
Imaginação sem fundamento
Devaneio; ilusão;
Ou felicidade; que dura pouco...
Nem toda esperança é vã
Ou as idéias quiméricas.
Quando nos colocamos
De joelhos
E pedir ao
Ser maior
Que faça sempre
A sua , não a nossa
Vontade
Temos chance
De Passar a vida de tal ou tal maneira
A tirar a ilusão
Que alguém
Além de nós
Vive o nosso sonho
Nossa vida...
E nos desviamos
Do terreno que conduzem de um a outro lugar.
Que queiramos ir
Sem nos depararmos
Com um tredo.
Crissol