DE VOLTA AO ETÉREO.

"Aos jovens que pereceram, tão cedo, vítimas dos horrores das drogas"

De volta ao etéreo!

Muito jovem ainda

Em viagens forçadas

Pelo mundo do crime.

Muitas delas partiram,

Quiça, grandes homens,

Que as drogas consumiram.

Talvez procurassem um lugar ao Sol!

Com qualquer ser pensante

Um pouco de amor de candura,

Pais e irmãos que os amassem

E os abraçassem com ternura.

Mas tiveram uma vida

De total abandono, obscura,

Sem rumo, sem sorte, sem norte

Tênue como uma noite escura

E, como premio receberam a morte.

Muitas delas desiludidas, achavam

Ser um esculacho a sua existência

E então não a valorizavam.

Revoltados afirmavam com frequência

No dia e na hora que eu morrer

Outros piores ou iguais a mim

Por certo irão nascer!

Para logo cedo talvez assim,

Como eu, desse Mundo ingrato

Serem forçadas a desaparecerem.

Foram tantos jovens

Forçados a irem para o Além

A maioria em tenra idade

Sofridos, marcados, julgados,

Por pseudos homens de bem.

Um bando de hipócritas,

Egoistas e desajustados,

Juizes sem toga, sem caráter,

Que enojam a nossa sociedade.

Dante Barbosa
Enviado por Dante Barbosa em 03/01/2011
Código do texto: T2707547