DE VOLTA AO ETÉREO.
"Aos jovens que pereceram, tão cedo, vítimas dos horrores das drogas"
De volta ao etéreo!
Muito jovem ainda
Em viagens forçadas
Pelo mundo do crime.
Muitas delas partiram,
Quiça, grandes homens,
Que as drogas consumiram.
Talvez procurassem um lugar ao Sol!
Com qualquer ser pensante
Um pouco de amor de candura,
Pais e irmãos que os amassem
E os abraçassem com ternura.
Mas tiveram uma vida
De total abandono, obscura,
Sem rumo, sem sorte, sem norte
Tênue como uma noite escura
E, como premio receberam a morte.
Muitas delas desiludidas, achavam
Ser um esculacho a sua existência
E então não a valorizavam.
Revoltados afirmavam com frequência
No dia e na hora que eu morrer
Outros piores ou iguais a mim
Por certo irão nascer!
Para logo cedo talvez assim,
Como eu, desse Mundo ingrato
Serem forçadas a desaparecerem.
Foram tantos jovens
Forçados a irem para o Além
A maioria em tenra idade
Sofridos, marcados, julgados,
Por pseudos homens de bem.
Um bando de hipócritas,
Egoistas e desajustados,
Juizes sem toga, sem caráter,
Que enojam a nossa sociedade.