O silêncio de meu eco

E ao fim de minhas pobres horas mortas

No limiar desta minha vida

Depois de a tanto percorrer tal estrada torta

Eis que tudo se finda

Olhando a redor só os cadáveres de meus sonhos me cercam

Mornos, ainda

E assim sem nada

Sem retorno e sem chegada

Olho o horizonte

E ele simplesmente não está mais lá

Onde sempre achei que deveria estar

Grito: Onde? Onde??

Mas só o silêncio de meu eco responde

Onde... onde... onde...

Os cadáveres dos sonhos permanecem aos meus pés

Permeando em revés

E eu já sem alma, sem nada

Fico a espera da eterna sombra almejada

Mas a insensível sombra mortuária

De mim se esconde

E o silêncio de meu eco continua estridente

Onde... onde... onde...

sutini
Enviado por sutini em 03/01/2011
Reeditado em 05/01/2011
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