O silêncio de meu eco
E ao fim de minhas pobres horas mortas
No limiar desta minha vida
Depois de a tanto percorrer tal estrada torta
Eis que tudo se finda
Olhando a redor só os cadáveres de meus sonhos me cercam
Mornos, ainda
E assim sem nada
Sem retorno e sem chegada
Olho o horizonte
E ele simplesmente não está mais lá
Onde sempre achei que deveria estar
Grito: Onde? Onde??
Mas só o silêncio de meu eco responde
Onde... onde... onde...
Os cadáveres dos sonhos permanecem aos meus pés
Permeando em revés
E eu já sem alma, sem nada
Fico a espera da eterna sombra almejada
Mas a insensível sombra mortuária
De mim se esconde
E o silêncio de meu eco continua estridente
Onde... onde... onde...