Mais uma poesia melancólica

Lamento ver-me assim

como um retrato do que é ruim

Um protótipo da solidão

o esqueleto de meu coração

E quando me ponho a sangrar

morrer de amor, morrer de amar

Me fixo nos versos de consolação

engulo a dor e transformo em canção

Lembranças que tornam-se melancolia

a cada noite, ao raiar do dia

Sofro à sua procura

um sulco em meu eu

ou mesmo um fantasma que suspira

dizendo que ainda és meu.