Dissabores
Menino grande,
De olhos tristes,
De riso falso,
Viver precoce...
A vida lhe deu
Uma barra pesada;
Você aceitou,
Sem choro, sem nada...
Infância precoce,
Desajustes, desamores,
Eu sinto menino grande,
Amargas dissabores...
Criativo, inteligente,
Surpreende a tanta gente,
Onde quer que você passe.
Mas diga menino triste,
Você é feliz de verdade?
Quando busco em seus olhos,
Algo bom, alegre, seguro,
Sinto-o tão pequenino,
Desprotegido, inseguro...
Eu queria ter a força,
Para dizer-lhe coisas puras,
Mas sei você já não crê...
Você é descrente de tudo,
Apega-se a bens materiais,
Como uma fuga infinita
De esquecer, cada vez mais...
Às vezes, e muitas vezes,
Reside a felicidade
Em se dar, sem nada ter...
E, quando se têm tristezas,
Desde a remota infância,
Fica difícil, menino,
Apagar traumas profundos,
Esquecer os dissabores,
A ausência do amigo,
Seja no amor ou no perigo...
Porém, nada é duradouro.
Esqueça esta tristeza,
Anule o fantasma da dor,
Permita que, em sua vida,
Se instale a felicidade,
A paz cantada em versos
Por poetas do universo,
Buscando, a cada instante,
A essência, vida em flor,
Renascendo, a cada dia,
Renascendo um grande amor!
( Do Livro DIagnóstico)