Angústia
ANGÚSTIA
Enrubesço-me diante do calendário
Ao defrontar-me com mais um dia riscado
Foge-me o sangue
E minh’alma se estremece
Com a mensagem que ali vejo estampada!
Marcando uma existência
Que, célere passa...
Enquanto contemplo negras nuvens
Que passam apressadas
Quebrando o silêncio cósmico do meu próprio fim
Inconformado
Rendo-me prisioneiro do tempo que:
Impiedosamente!
(Qual um bandido)
Atrai a vítima
e
Rouba-lhe a mocidade.