Angústia

ANGÚSTIA

Enrubesço-me diante do calendário

Ao defrontar-me com mais um dia riscado

Foge-me o sangue

E minh’alma se estremece

Com a mensagem que ali vejo estampada!

Marcando uma existência

Que, célere passa...

Enquanto contemplo negras nuvens

Que passam apressadas

Quebrando o silêncio cósmico do meu próprio fim

Inconformado

Rendo-me prisioneiro do tempo que:

Impiedosamente!

(Qual um bandido)

Atrai a vítima

e

Rouba-lhe a mocidade.

Valmari Nogueira
Enviado por Valmari Nogueira em 13/12/2010
Reeditado em 02/06/2015
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