Prisioneiro da Vida
Sempre pensei que seria alguém,
Porquê?
Hoje entendi que apenas vivo como ninguém!
Não tenho sonhos, apenas objetivos,
Não tenho gostos e desejos,
Sobraram-me apenas as necessidades,
Não tenho idéias,
Apenas conjecturas,
Não tenho solução,
Me tornei um falastrão,
Vivo imitando que sinto,
Sinto imitando o que vivo,
Ciclo, horrível, sem fim!
Faz de mim, homem natural,
Um ser artificial,
Será que é isso o sentido da vida?
Prefiro, então, minha morte,
Eterna!
Ao menos não precisarei mais fingir,
Que sou feliz,
Que busco algo,
Quando apenas sempre quis,
Ser eternamente pueril!