CRISE
Ai que aperto espreme a solidão,
nesta noite cujo foco é a saudade
ou incerteza me consome em vão,
pois nada vi, senão o peso da realidade!
Não sei se quero ou se devo lutar
por ti, mulher, que me subestima,
não tenho certeza se me vais amar
sei que tudo isso já me desanima.
Este coração que sofre desamparado,
vai pelo inóspido deserto feito exilado,
sem saber se um dia vai se encontrar
nas lembranças que me pairam pelo ar.
Agora tu andas sem querer falar,
sustentando ainda o fim da relação,
mas não sei ser santo para me calar
ou conter de toda a minha emoção.
Morreu aqui o meu pensamento,
já não posso mais ouvir o teu não,
mas se tudo é levado pelo vento,
não deixarei que levem o meu coração.
(YEHORAM)