Poema Derradeiro

Quanta dor que consome o peito meu

Que mutila, dilacera, despedaça

O rancor que com os anos cresceu

Que odeia, ignora, faz pirraça

Que tristeza meus pensamentos invade

Torna escuro o dia, me emudece

Que alerta o mundo, faz alarde

Que alimenta a dor, que só cresce

Que solidão a minha alma tomou

Tornou-se parte de mim, inseparável

Pois o amor de quem um dia amou

Enraiveceu, tornou-se frio, detestável

Que sombria a minha vida agora é

Solitária, sem sentido e sempre vaga

Sem destino, sem vontade e sem fé

Só com uma lembrança que não se apaga

Que loucura se tornou minha vida

Enfraquecendo o que fora forte

Fazendo com que a única saída

Seja, então, o fim, a morte

Edimar Silva
Enviado por Edimar Silva em 08/12/2010
Código do texto: T2660504
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