O TEU ÓDIO

Ouço ao longe musicas, festejos,

fogos por um time ou uma vitória,

mas minh´alma sofrida em lampejos

na volta das horas ilusórias.

Flashback´s ou pesadelos,

a mais dura e dolorida realidade,

me afogo sofrido me meus anelos

e no medo da tua saudade.

O teu ódio ou amor magoado

me assusta, pois sinto o amor

mais puro, real e prostrado,

o teu ódio só me causa a dor.

Se nas horas na cama ao teu lado,

nada foi, nada significou?

Não vistes em meu peito malhado,

quanto peso por ti levantou!

Mas saber que me tens ódio agora,

só me leva a pensar nesta morte,

não respiro sem ver a aurora

ou qual será o meu destino ou meu norte.

Ah mas sei que amor em ti havia!

Sei que pensavas em mim com carinho,

sei também que tua pele macia

não se perdia neste doce caminho.

Sem o teu olhar gostoso e tristonho,

sem a tua voz aguda de menina,

sem poder ao teu lado ter sonho

ou sem a tua frequente rotina...

Não serei nada, nem mesmo humano,

só um mero e reles vegetal.

Me apavora o teu ódio insano

o teu desejo de me veres tão mal.

Mas se tu me odeias tão depressa

só me leva a mais triste decepção

esquecendo da tua promessa

de eternizar esta nossa união.

E a escuridão que sobre mim adeja

os meus olhos não vêem a beleza do dia

toda a falta de sabor que me aleja

convertendo o meu sorriso em agonia.

Espero amanhã acordar bem cedo,

ver que tudo foi um acerbo pesadelo

afastar do meu coração todo o medo

enleado nesse teu doce desvelo.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 04/12/2010
Reeditado em 09/12/2010
Código do texto: T2653397
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