DARMA
O que tenho feito...
Cuspido beijos,
Apagado pegadas
Confundidas de areia;
Seguido as imprecauções médicas,
Transformado o tempo em pulsos a pagar
Sem a franquia do olhar;
Retirado os pronomes possessivos
(nomes obsessivos ) da fala,
Esvaziado vidros fermentados;
Deificado sombras
De corpos em Afrodite;
Trajado cor de açafrão,
Acreditando-me o varão, o avatar,
O vicário redentor da própria solidão.