A NAU DOS SONHOS NÃO SONHADOS
Embarco na nau,
dos sonhos não sonhados.
Que atormentam os maus,
e sufocam os apaixonados.
Deste quebranto não há saída,
ninguém escapa com vida,
todos estão condenados.
Como a ave de rapina,
que se alimenta da solidão.
Mantém viva a sina,
de que não há salvação.
Nas catacumbas do infinito,
ouvem-se gemidos e gritos,
sem qualquer compaixão.
Tudo começou diferente,
eram risos, danças e alegria.
Os menestréis e seus oponentes,
digladiavam-se com poesias.
No entanto, em dado momento,
inverteu-se o sentimento,
e tudo virou agonia.
Marco Antonio Orsi