Poema IV
Gostaria de dizer não te amo,
Gostaria de dizer não te quero
Pois tudo seria mais fácil
E tudo seria evitável
Vivo um amor que não pode ser vivido,
Vivo nas profundezas de um abismo escondido
Jogada em prantos
Sobre os mantos do desconhecido
Onde o silêncio grita seu nome
Vivo no vazio de um amor inexistente
Na escuridão onde as sombras não alcançam
Vivo aonde resta um fio de esperança
E na lembrança,
Levo tudo aquilo que jamais tivemos.
Tudo o que me resta
São essas tres paravras gravadas a fogo em meu coração:
Eu te amo.