Destino traiçoeiro!
A idade avança, a dor aumenta
Não a dor física, aquela tratada por pípulas ou xaropes,
Mas a dor da vergonha, da traição.
Minha alma chora pelo tempo perdido
Meu coração apaga as marcas de minha pisadas
Deixadas pelo caminho
Pisadas que imaginei está demarcando
Um novo tempo de mim
Mas na verdade, cavava a minha própria dor.
O abstratismo do destino,
Marca o paralelo do vazio que se manifesta
E o clamor de caladas vozes preenchem
Meu universo imaginário.
Uma suave brisa avisa o término da noite.
A lua se esconde.
O balet das árvores se inicia ao som
Da orquestra do vento.
Então, no calor que se mostra ao longe,
Desvio meu olhar para as próximas pegadas que irei deixar pelo meu caminho.