Destino traiçoeiro!

A idade avança, a dor aumenta

Não a dor física, aquela tratada por pípulas ou xaropes,

Mas a dor da vergonha, da traição.

Minha alma chora pelo tempo perdido

Meu coração apaga as marcas de minha pisadas

Deixadas pelo caminho

Pisadas que imaginei está demarcando

Um novo tempo de mim

Mas na verdade, cavava a minha própria dor.

O abstratismo do destino,

Marca o paralelo do vazio que se manifesta

E o clamor de caladas vozes preenchem

Meu universo imaginário.

Uma suave brisa avisa o término da noite.

A lua se esconde.

O balet das árvores se inicia ao som

Da orquestra do vento.

Então, no calor que se mostra ao longe,

Desvio meu olhar para as próximas pegadas que irei deixar pelo meu caminho.

George DAlmeida
Enviado por George DAlmeida em 02/12/2010
Reeditado em 10/12/2010
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