Menos que nada.
Menos que seixo,
A dissolver totalmente,
Anular e apagar.
Antes seio, esteio, fecundo,
Antes seara, que alimenta,
Agora savana esparsa,
A secar a fonte abundante,
Do nosso amor.
Seu amor era transcendental,
Agora virou matéria sem sentimentos;
Nosso amor era consistente,
Havia carisma.
Sim houve ruptura de sentimentos,
O amor o carinho, a benevolência,
Agora seus valores são outros.
Diz-me aonde quer chegar,
A ilusão é vazia, fez do seu coração,
Um depósito de fantasia, e numa hora,
Você vai afundar.
O que vale tanta beleza,
Sem a riqueza do seu coração.
O que vale o invólucro,
Se por dentro está vazio.
Cláudio D. Borges.