A poesia é meu abismo sem fundo
Essa imensidão sem fim nem começo
Essa ida sempre sem volta
Essa revolta sem qualquer motivo
Esse motivo sem tema ou cor
Um grito no silêncio absoluto
O olhar na escuridão mais profunda
A poesia é o mais fundo que a alma cala
E se por acaso fala a poesia sempre engana
É uma vela que se enfuna sem vento
É o mapa de todo o sentimento
É a síntese de qualquer tempo
É o remédio para qualquer tormento
O alento que sinto para a dor
De todo e qualquer momento...
Essa poesia arredia é tão vadia
E sem assento, sem destino
Vara as noites e perde o dia
Essa poesia não mais encontra
Palavra alguma assim perto de ti
É o mais distante que posso ir
E de mais longe que posso voltar
Depois disso só a morte e o esquecimento
Essa poesia é o maior consentimento
Que ouso fazer por ora ainda agora
Enquanto escolho o melhor modo de morrer
A melhor maneira de ir para sempre
Sem olhar para trás
Para o que ainda digo em poesia
Que tão logo não saberei mais dizer
Essa poesia é o maximo a que posso descer
Sem me perder do que ainda posso ser e ter
Do que posso saber sentir que sinto saber
Essa poesia é só isso que sei dizer e digo
O que ainda espero e creio e ainda consigo
Crer que pode ser algo para um certo amanhã
Quando abrir os olhos nada atentos para o nada
Entre a luz e a penumbra, na escuridão de ser
Somente o que morre contigo sem ao menos dizer
Que te amar é a única poesia que conheço e sei
Que sei conhecer e dizer sem esquecer
Apesar do abismo profundo de um silêncio
Que aos poucos aprendo também a fazer...
Essa imensidão sem fim nem começo
Essa ida sempre sem volta
Essa revolta sem qualquer motivo
Esse motivo sem tema ou cor
Um grito no silêncio absoluto
O olhar na escuridão mais profunda
A poesia é o mais fundo que a alma cala
E se por acaso fala a poesia sempre engana
É uma vela que se enfuna sem vento
É o mapa de todo o sentimento
É a síntese de qualquer tempo
É o remédio para qualquer tormento
O alento que sinto para a dor
De todo e qualquer momento...
Essa poesia arredia é tão vadia
E sem assento, sem destino
Vara as noites e perde o dia
Essa poesia não mais encontra
Palavra alguma assim perto de ti
É o mais distante que posso ir
E de mais longe que posso voltar
Depois disso só a morte e o esquecimento
Essa poesia é o maior consentimento
Que ouso fazer por ora ainda agora
Enquanto escolho o melhor modo de morrer
A melhor maneira de ir para sempre
Sem olhar para trás
Para o que ainda digo em poesia
Que tão logo não saberei mais dizer
Essa poesia é o maximo a que posso descer
Sem me perder do que ainda posso ser e ter
Do que posso saber sentir que sinto saber
Essa poesia é só isso que sei dizer e digo
O que ainda espero e creio e ainda consigo
Crer que pode ser algo para um certo amanhã
Quando abrir os olhos nada atentos para o nada
Entre a luz e a penumbra, na escuridão de ser
Somente o que morre contigo sem ao menos dizer
Que te amar é a única poesia que conheço e sei
Que sei conhecer e dizer sem esquecer
Apesar do abismo profundo de um silêncio
Que aos poucos aprendo também a fazer...