Pobre ilusão

Fiz castelos alados,

No alvorecer desejados,

De esperança forjados,

Com matizes dourados.

Mas pena que sinto

Cá dentro do peito,

O afago desfeito,

Da pobre ilusão.

Lí poemas formados,

No horizonte gravados,

Com resquícios jorrados,

E de amplidão carregados.

Mas pena que sinto,

Cá dentro do peito,

O afago desfeito,

Da pobre ilusão.

Sutís versos sonhados,

No despertar planejados,

Quais lírios deixados,

Ao desdém enfeixados.

Mas pena que sinto,

Cá dentro do peito,

O afago desfeito,

Da pobre ilusão.

Dos poetas cantados,

Surgem versos ousados,

Deixando corpos molhados,

De perfume orvalhados.

Mas pena que sinto,

Cá dentro do peito,

O afago desfeito,

Da pobre ilusão.

wellmac
Enviado por wellmac em 24/11/2010
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