Canto das Almas
Canto das Almas
Cante para mim minha alma sofrida,
Que em meios aos revéis, luta pela vida.
Quais caminhos são esses que tens trilhado?
Cante para mim Oh alma solitária!
Do alto da montanha ressoa a melodia,
Que canta do certo para o que errado está.
E as palavras sem sentidos estilhaçam no ar,
Agora honestamente não há no que acreditar.
Meu sorriso impagável nasce em escuridão,
E como um raio minha voz alumia a canção.
No fundo do mar ouve-se o estremecer da terra,
As vozes oceânicas que não dormem jamais.
No meio do mar Naiad ascenda às velas,
Pois em mim a magia parece tão distante.
Deste céu posso ver o mundo e os mundos.
E descobrir que eu estou destruindo minha voz.
Com este punhal rasgo meu peito para sangrar,
Desta cratera liberto minha alma para cantar.
E vede em mim mercê, eu sou a tal mercê.
Ouve-se novamente o canto das almas oceânicas.
Victor Cartier