ENXERGANDO NO ESCURO

Nosso egoísmo é tanto

Que não percebemos quem está aos prantos

E fazemos a essa mesma pessoa chorar,

A falta de sensibilidade é tamanha

Que a ignorância ao redor

Faz um barulho esquisito,

Fora isso,

Ainda tem o palavreado grosseiro,

Achando que tem razão,

Põe no chão o que já construiu

No coração do outro,

Somos feitos de egoísmo que nos

Leva ao pior estrabismo

Distorcendo assim a visão,

Vendo escuro sendo claro,

Parece até que usa uma venda

No olhar,

Fica cego, sem enxergar sequer

O que na frente está,

O outro não tem culpa se algo deu errado,

Não posso por a responsabilidade de

Uma grande tristeza nas costas

De quem tanto cedeu,

Não posso jogar minhas neuroses

Em quem sempre me ouviu,

Não posso ser mesquinha vivendo

Somente a minha dor

Quando o outro está na UTI

Da amargura,

Manterei distância até de mim,

Se tudo que fiz foi visto

Como algo tão ruim.

Uma coisa eu digo sempre,

Não podemos acreditar cegamente no humano,

Por mais que ele nos compreenda,

Estenda a mão e nos ajude,

Há sempre uma faísca do egoísmo

Que "brilha" tentando deixar turva

A visão de quem tanto lutou

Para enxergar.

Teônia Soares
Enviado por Teônia Soares em 24/11/2010
Reeditado em 24/11/2010
Código do texto: T2633307
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